Nós, brasileiros, em geral, temos medo do frio. Talvez apenas os gaúchos não sintam essa insegurança quando o assunto é baixa temperatura! Se cai uma chuvinha ou se uma leve frente fria se aproxima, já estamos todos de casaco, botas, cachecol no pescoço... e os termômetros só marcam 16ºC. É ou não é? Frio com criança pequena então? Meu Deus! É "judiação"!!!! O bebê nasce em pleno verão e as mães os vestem com roupas de lã na maternidade. Isso eu presenciei quando tive a minha última filha num mês dezembro. O pediatra sempre dizia: o bebê sente o mesmo frio ou calor que você (mãe) sente!
Nós decidimos fazer uma viagem, em pleno mês de dezembro, para a Europa. Não foi uma decisão tomada do dia para a noite, claro, mas uma oportunidade que surgiu e que não poderia ser negada. A saída? Deixar os meninos na casa da vó e levar a pequena bebê junto. Como assim? No frio? Pra fazer o quê? Ela faria aniversário de 1 aninho. Não dava para deixar todos os filhos com a minha mãe, concorda?
Depois de tomar essa decisão, busquei algumas informações sobre como é o frio em Londres e Paris, pois eu também nunca havia viajado para fora do país. Encontrei alguns blogs que indicavam lojas de roupas para frio intenso, que aconselhavam comprar e comprar coisas: creme para o rosto, segunda pele número 90, meias de lã, botas forradas, etc etc. Com essas informações já tinha a certeza que eu e minha pequena filha morreríamos de frio! Sem contar o preço disso tudo: uma fortuna!
E mesmo assim, você vai levar essa bebê para o frio? Claro, vai passar os 10 dias de viagem presa no hotel? Muita gente pensava isso... e eu, lá no fundo, passei a pensar também. Primeiro achei que não sobreviveríamos ao voo: 11 horas de aperto no avião. Eu enfartaria com certeza! Morro de medo! A bebê tomou um dramim e dormiu a noite inteirinha, onze horas de sono profundo. Eu oscilei entre um cochilo e um susto com as turbulências: teve uma que acreditei "chegou a minha hora, só que puxa... tão perto de chegar". Até me agarrei no passageiro que sentava ao meu lado. "Minha nossa Senhora!", apertei o braço do meu marido e desse cara que estava na mesma fileira que a gente. A bebê? Nem acordou! Santo dramim!
Só eram 16 horas e lá já estava noite velha. O metrô lotado. Eu com um bebê num carrinho e uma mala enorme dependurada. Meu marido com duas malas de puxar. Sem lugar para sentar. A Helena ria e fazia amizade com as pessoas. As pessoas começaram a falar comigo e eu não entendia nada. Acho que queriam me dar lugar, acomodar nossa bagagem, falar que somos loucos de viajar com um bebê e que o frio lá fora estava insuportável. Sei lá!
Ao descer na estação, avistamos muitas escadas. E agora? Nada de elevador? E o carrinho? As malas? Juro que não deu nem tempo de pensar essas coisas que já apareceu muita gente para nos ajudar. Incrível: você para em frente a escada e alguém já engata no seu carrinho ou pega a sua mala para te dar uma força. Thank you! Ah, isso eu sabia falar!
Londres nos recebeu de braços abertos! E eu, virei fã número 1 logo de cara, dessa cidade tão gentil.
E o frio? Juro, não há nada pior que o frio que faz em Alegrete - RS (Brasil)!!! Aquele era apenas um frio gostoso de uma blusa e um casaco. De botas normais, até sem cachecol, às vezes. Mas sobre esse assunto, volto a falar na próxima postagem!
Boa viagem!
Que legal que deu tudo certo Livia! Londres é uma cidade aonde eu viviria facinho, facinho!
ResponderExcluirDe tanto que as pessoas falam do frio eu fico pensando como que os bebês da europa conseguem chegar até a idade adulta? :))))
beijos e na espera da parte 2
Hahahahah! Era esse pensamento que me motivava a ir com um bebê! A viagem foi boa demais, Babi. Em breve contarei mais coisas... obrigada por ler e comentar. Um beijo bem grande.
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