sábado, 11 de janeiro de 2014

Você vai levar essa bebê para o frio??? (Parte I)

Nós, brasileiros, em geral, temos medo do frio. Talvez apenas os gaúchos não sintam essa insegurança quando o assunto é baixa temperatura! Se cai uma chuvinha ou se uma leve frente fria se aproxima, já estamos todos de casaco, botas, cachecol no pescoço... e os termômetros só marcam 16ºC. É ou não é? Frio com criança pequena então? Meu Deus! É "judiação"!!!! O bebê nasce em pleno verão e as mães os vestem com roupas de lã na maternidade. Isso eu presenciei quando tive a minha última filha num mês dezembro. O pediatra sempre dizia: o bebê sente o mesmo frio ou calor que você (mãe) sente!
 
Nós decidimos fazer uma viagem, em pleno mês de dezembro, para a Europa. Não foi uma decisão tomada do dia para a noite, claro, mas uma oportunidade que surgiu e que não poderia ser negada. A saída? Deixar os meninos na casa da vó e levar a pequena bebê junto. Como assim? No frio? Pra fazer o quê? Ela faria aniversário de 1 aninho. Não dava para deixar todos os filhos com a minha mãe, concorda?
 
Depois de tomar essa decisão, busquei algumas informações sobre como é o frio em Londres e Paris, pois eu também nunca havia viajado para fora do país. Encontrei alguns blogs que indicavam lojas de roupas para frio intenso, que aconselhavam comprar e comprar coisas: creme para o rosto, segunda pele número 90, meias de lã, botas forradas, etc etc. Com essas informações já tinha a certeza que eu e minha pequena filha morreríamos de frio! Sem contar o preço disso tudo: uma fortuna!
 
E mesmo assim, você vai levar essa bebê para o frio? Claro, vai passar os 10 dias de viagem presa no hotel? Muita gente pensava isso... e eu, lá no fundo, passei a pensar também. Primeiro achei que não sobreviveríamos ao voo: 11 horas de aperto no avião. Eu enfartaria com certeza! Morro de medo! A bebê tomou um dramim e dormiu a noite inteirinha, onze horas de sono profundo. Eu oscilei entre um cochilo e um susto com as turbulências: teve uma que acreditei "chegou a minha hora, só que puxa... tão perto de chegar". Até me agarrei no passageiro que sentava ao meu lado. "Minha nossa Senhora!", apertei o braço do meu marido e desse cara que estava na mesma fileira que a gente. A bebê? Nem acordou! Santo dramim!
 
Inacreditável, mas eu cheguei viva na Inglaterra! E todos lá falam inglês! Igualzinho a gravação das aulas de inglês que eu fazia no CEL da Unicamp!!! Parece que estão bravos, com uma entonação de guerra! Eu estava num filme sem legenda... não falo nada, mas entendo as intenções. Inacreditável! Nos trocamos no banheiro do aeroporto, pois saímos desse país que parece um caldeirão e fomos parar num lugar gelado e todos diziam que morreríamos de frio. A pequena Helena nem se mexia de tanta roupa e eu, suava... Uma mistura de nervoso, ansiedade, alegria e o aquecedor do aeroporto!
 
Só eram 16 horas e lá já estava noite velha. O metrô lotado. Eu com um bebê num carrinho e uma mala enorme dependurada. Meu marido com duas malas de puxar. Sem lugar para sentar. A Helena ria e fazia amizade com as pessoas. As pessoas começaram a falar comigo e eu não entendia nada. Acho que queriam me dar lugar, acomodar nossa bagagem, falar que somos loucos de viajar com um bebê e que o frio lá fora estava insuportável. Sei lá!
Ao descer na estação, avistamos muitas escadas. E agora? Nada de elevador? E o carrinho? As malas? Juro que não deu nem tempo de pensar essas coisas que já apareceu muita gente para nos ajudar. Incrível: você para em frente a escada e alguém já engata no seu carrinho ou pega a sua mala para te dar uma força. Thank you! Ah, isso eu sabia falar!
 
Londres nos recebeu de braços abertos! E eu, virei fã número 1 logo de cara, dessa cidade tão gentil.
 
E o frio? Juro, não há nada pior que o frio que faz em Alegrete - RS (Brasil)!!! Aquele era apenas um frio gostoso de uma blusa e um casaco. De botas normais, até sem cachecol, às vezes. Mas sobre esse assunto, volto a falar na próxima postagem!
 
Boa viagem!


 
 

2 comentários:

  1. Que legal que deu tudo certo Livia! Londres é uma cidade aonde eu viviria facinho, facinho!
    De tanto que as pessoas falam do frio eu fico pensando como que os bebês da europa conseguem chegar até a idade adulta? :))))
    beijos e na espera da parte 2

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  2. Hahahahah! Era esse pensamento que me motivava a ir com um bebê! A viagem foi boa demais, Babi. Em breve contarei mais coisas... obrigada por ler e comentar. Um beijo bem grande.

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